Sexo pode causar infecção urinária? Entenda
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Existem muitos sintomas associados à TPM que podem atrapalhar bastante a rotina da mulher. Deseja saber mais sobre o assunto? Acesse o post!
Durante toda a vida reprodutiva, a mulher vivencia diversos ciclos menstruais, determinados a partir das datas das menstruações. Ao longo desse período, muitas mudanças acontecem no corpo feminino como resultado das alterações hormonais. Essas oscilações dos hormônios acabam causando uma série de sintomas e variáveis conforme a fase do ciclo.
Algumas mudanças foram tão fortemente relatadas entre as mulheres que receberam uma designação própria: tensão pré-menstrual, mais conhecida como TPM. Também chamada de síndrome pré-menstrual, inclui uma série de sintomas bem chatinhos e que podem atrapalhar bastante o dia a dia de quem sofre com eles.
Quer saber mais? Confira o conteúdo que preparamos sobre o tema e descubra como aliviar os sintomas da TPM!
TPM é a sigla utilizada para designar a tensão pré-menstrual. Trata-se de um conjunto de sintomas e sensações que ocorrem em determinada época do ciclo¹. Embora nem todas as mulheres sofram com essa condição, quando ela aparece, costuma causar muitos desconfortos, atrapalhando as atividades diárias em diferentes graus.
A TPM é causada pelas alterações hormonais que ocorrem durante o período menstrual e interferem no sistema nervoso central. Essa relação ocorre devido à conexão entre os hormônios sexuais femininos, as endorfinas e os neurotransmissores.
Por isso, os sintomas podem afetar tanto o corpo quanto o cérebro. Contudo, a intensidade é bastante variável, sentida de forma diferente de mulher para mulher, e de ciclo para ciclo.
Em relação à frequência, é importante destacar que, embora a TPM tenha um caráter cíclico, ela pode ocorrer em todos os ciclos ou em apenas alguns deles. Já em relação ao período, ela ocorre na fase de maior variação do nível de progesterona, no intervalo entre a ovulação e a menstruação.
Assim, considerando que o ciclo menstrual é dividido em quatro fases²— menstrual, folicular, ovulatória e lútea —, a TPM inicia na fase lútea, ou seja, cerca de 7 a 14 dias antes da menstruação. Além disso, para algumas mulheres, os sintomas podem persistir mesmo após o início do sangramento sem, contudo, significar algum sinal de gravidade.
Durante a TPM, a mulher pode enfrentar tanto sintomas físicos quanto psicológicos. Eles podem variar bastante a cada ciclo e para cada pessoa, mas existem alguns mais frequentemente relatados em quem sofre dessa condição. Confira:
insônia;
ansiedade;
tensão;
irritabilidade;
alterações de humor;
dores de cabeça;
compulsão alimentar;
dificuldade de concentração;
lapsos de memória;
retenção de líquido;
inchaço abdominal;
dores abdominais;
sensibilidade nas mamas;
acne;
alteração nos hábitos intestinais;
aumento da frequência urinária;
cólicas;
náuseas.
É importante destacar que esses são sintomas gerais. A depender do tipo da TPM, algumas sensações estão mais ou menos presentes, e podem surgir outras além das já citadas. Assim, conhecer os tipos e saber em qual você se encaixa é essencial para saber o que esperar desse período.
Até o momento já foram relatados mais de 200 sintomas associados à tensão pré-menstrual³. Contudo, como as mulheres não sentem necessariamente os mesmo, a TPM foi separada em cinco tipos diferentes — A, C, D, H e O —, conforme o conjunto de sintomas apresentados.
Importante destacar que, embora menos frequente, uma mesma mulher pode apresentar mais de um tipo ao mesmo tempo. Conheça mais detalhadamente cada um deles, a seguir.
Conforme o ciclo avança, o estrogênio cai. Com a queda do nível desse hormônio, há maior liberação de cortisol e adrenalina, contribuindo para aumentar o estresse. Desse modo, pessoas mais sensíveis a essa oscilação costumam apresentar o tipo A, cujos principais sintomas são:
ansiedade;
insônia;
tensão;
irritabilidade;
alterações no humor.
Devido às mudanças hormonais intensificadas no final do ciclo, o mecanismo de recompensa no cérebro pode ficar alterado. Isso gera uma reação exagerada na sensação de prazer, especialmente, em relação à alimentação.
Por isso, o tipo C está relacionado, principalmente, à compulsão alimentar. Sua denominação vem da palavra em inglês craving que, em tradução livre, significa desejo. Ou seja, pessoas que sofrem da TPM do tipo C costumam apresentar episódios de compulsão alimentar (doces ou salgados), além dos seguintes sintomas:
vontade de comer guloseimas;
desejo por comidas diferentes;
dores de cabeça.
Como vimos, existe uma conexão entre os hormônios sexuais e os neurotransmissores. Assim, as alterações hormonais do ciclo interferem na liberação da serotonina, contribuindo para um quadro depressivo e ocasionando a TPM tipo D. Entre seus principais sintomas, estão:
baixa autoestima;
raiva sem razão;
sensações violentas;
sentimentos perturbadores;
baixa concentração;
lapsos de memória.
O tipo H recebeu essa denominação por estar relacionado à hidratação. Desse modo, mulheres com essa condição sofrem com os sintomas ligados à retenção de líquidos, tais como:
ganho de peso;
inchaço abdominal;
sensibilidade das mamas;
inchaço das mãos e dos pés.
O tipo O foi assim designado para fazer menção à palavra “outros”. Ou seja, esse tipo está relacionado aos outros sintomas da TPM e não incluídos nos anteriores. Desse modo, entre seus sintomas, podemos destacar:
alteração nos hábitos intestinais;
aumento da frequência urinária;
fogachos;
sudorese;
dores generalizadas;
cólicas4;
náuseas;
acnes;
reações alérgicas;
infecções do trato respiratório, entre outros.
Como vimos, a TPM envolve um conjunto bastante variado de sintomas. Por isso, não existe um tratamento único para todas as mulheres que sofrem com essa condição. Em geral, são utilizados tratamentos tópicos, de acordo com a sintomatologia. Entre os medicamentos mais utilizados, estão:
anti-inflamatórios não esteroides;
analgésicos;
antidepressivos;
ansiolíticos;
terapias hormonais;
suplementos vitamínicos, entre outros.
É preciso ressaltar que os medicamentos devem ser prescritos por um médico, pois somente ele pode dizer o que é mais indicado para cada caso. Por isso, não se automedique e, caso receba alguma prescrição, não interrompa o uso sem consultar seu médico antes.
Embora a TPM não tenha um tratamento específico, é importante buscar ajuda médica em caso de sintomas muito intensos. Afinal, o quadro pode ser amenizado com o uso de medicamentos, contribuindo para melhorar a qualidade de vida no período.
Além disso, vimos que a TPM ocorre cerca de uma a duas semanas antes da menstruação. Por isso, se você tiver sintomas fora desse período, vale a pena procurar um profissional de saúde e investigar o que pode estar causando essas alterações.
Causada pelas variações hormonais ao longo do ciclo, a TPM atrapalha a rotina de diversas mulheres. Seus sintomas são bastante variáveis e podem mudar de intensidade a cada período. Por isso, é importante conhecer os possíveis sintomas, entender quais costumam aparecer em você e também saber quando procurar atendimento médico.
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Referências:
¹ Febrasgo
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