Endometriose: quais as causas, sintomas e como tratar?

Saiba o que é a endometriose, quais são os seus sintomas e veja como é feito o tratamento para esse problema!

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A Endometriose é um problema que afeta a região do sistema reprodutor feminino, mais precisamente, o útero. No entanto, a condição também pode acometer outras regiões do corpo, como veremos ao longo do texto.

O principal sintoma da endometriose é a dor, mas outros sinais também podem indicar que algo está errado. Então, que tal conhecer melhor esse problema e aprender a identificá-lo? Continue a leitura e tire as suas dúvidas sobre o tema!

O que é a endometriose?

Ao contrário de outros problemas de saúde — como a candidíase masculina, a infecção urinária e muito mais —, a endometriose é um problema exclusivo das mulheres e das pessoas com útero. Isso porque se desenvolve justamente nesse órgão, mais precisamente, em uma região uterina conhecida como endométrio.1

O endométrio é a camada que reveste o útero por dentro. Ele é responsável pela fixação do embrião no órgão, ou seja, é ali que o futuro bebê se agarra para começar a se formar, recebendo nutrientes e proteção.1

Essa camada sofre grande influência dos hormônios femininos e, por isso, torna-se espessa e se desfaz durante o ciclo menstrual. O sangue da menstruação nada mais é do que o endométrio sendo expelido do organismo para que, no próximo ciclo, uma nova camada seja feita para que tudo comece novamente.

Certo, mas e a endometriose? Esse é um problema de saúde caracterizado pela migração das células endometriais para outras áreas do corpo. Sendo assim, pedaços de endométrio acabam indo parar em outros órgãos — como os ovários, a cavidade abdominal, os pulmões etc. —, crescendo e se multiplicando por lá.2 Isso gera inflamação e muita dor.

Quais são as suas causas?

Por incrível que pareça, ainda não há uma determinação das causas da endometriose. A sua causa exata permanece um mistério para a ciência, mas há hipóteses levantadas pelos profissionais3. As principais são:

  • genética: há evidências de que mulheres que têm casos de endometriose na família têm maiores chances de desenvolvê-la;

  • menstruação retrógrada: quando, durante a menstruação, as células do endométrio “sobem”, em vez de “descer” e ser eliminadas;

  • alterações no sistema imunológico, entre outras.

Há grupos mais predispostos do que outros?

Agora, é hora de descobrirmos quais são os fatores de risco da endometriose. Será que há grupos que são mais predispostos a desenvolver o problema do que outros? A resposta é sim.4 Saiba quais são eles, a seguir:

  • histórico familiar;

  • menarca precoce, ou seja, ter a primeira menstruação muito cedo;

  • não ter filhos;

  • ter o primeiro filho após os 30 anos;

  • períodos menstruais longos, com duração superior a sete dias;

  • ciclos menstruais curtos, durante menos do que 27 dias;

  • sangramentos intenso durante a menstruação;

  • alterações anatômicas na estrutura do útero ou das trompas, entre outros.

Lembrando que esses são fatores de risco. Não há garantias de que você desenvolverá endometriose em algum momento da sua vida. Além disso, é perfeitamente possível ter o problema, mesmo sem fazer parte desses grupos. Aqui, temos apenas estatísticas.

Quais são os seus sintomas?

Chegou a hora de conferir os sintomas mais frequentes da endometriose.3 Eles incluem:

  • dores intensas na região do abdômen, que normalmente pioram durante a menstruação;

  • dores nas costas;

  • dores durante ou após as relações sexuais;

  • dores durante as idas ao banheiro no período menstrual;

  • fluxos menstruais muito intensos, com a necessidade de utilizar vários absorventes para dar conta do sangramento;

  • cansaço;

  • palidez (já que a perda intensa de sangue pode levar à anemia);

  • falta de energia;

  • constipação ou diarreia;

  • dificuldade para engravidar.

Vale lembrar que você não precisa apresentar todos esses sinais para ter o diagnóstico de endometriose, ok? Cada caso é único e a presença de apenas algum deles, principalmente, a dor, já é motivo o bastante para uma investigação médica aprofundada

Como é feito o diagnóstico da endometriose?

O diagnóstico da endometriose é complexo e, por isso, muitas mulheres passam anos sem saber do problema e consequentemente, sem um bom tratamento para a questão.

Tudo começa com um bom exame clínico, feito no consultório do ginecologista. No entanto, são necessários recursos extras para fechar o diagnóstico. Alguns exames que podem ser solicitados5 são:

  • hemograma;

  • ultrassonografia transvaginal;

  • ultrassonografia abdominal;

  • exames de biomarcadores, como o CA-125;

  • realização de uma biópsia.

A biópsia é um procedimento cirúrgico, mas é o único meio de fechar o diagnóstico de endometriose com 100% de certeza. Em alguns casos, no entanto, os profissionais e pacientes podem decidir, em conjunto, pelo início do tratamento, mesmo sem o laudo da biópsia. 

Como é feito o tratamento do problema?

O tratamento da endometriose pode variar de acordo com a gravidade dos sintomas da paciente. Normalmente, medicamentos para a dor são prescritos, além de anticoncepcionais orais.5 Esses, por sua vez, costumam ajudar bastante por conta da sua ação hormonal.

Em casos mais graves, a realização de uma cirurgia pode ser necessária. Ela pode ser feita por vídeo ou aberta, quando o cirurgião faz uma incisão (corte) no abdômen para acessar a área afetada. Na maioria dos casos, o tecido inflamado é removido. No entanto, casos severos podem exigir a remoção completa do útero.6

Por fim, vale a pena ressaltar que a doença regride espontaneamente durante a menopausa. Mas não há motivos para sofrer com a endometriose até lá, não é mesmo?

Já deu para perceber que a endometriose é um papo sério, não é mesmo? Então, se você tem alguns sintomas parecidos com os mencionados aqui, converse com um profissional da saúde e vá atrás de um diagnóstico. A sua saúde agradece!

Compartilhe o conteúdo em suas redes sociais e ajude outras pessoas a também conhecerem a endometriose. Quem sabe você não colabora para que outras mulheres encontrem, finalmente, uma cura para esse problema tão chato? Faça a sua parte!

Referências:

1Oncoguia

2Ministério da Saúde

3National Health Services

4Medscape

5Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia

6WebMD

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