Genofobia: Saiba mais sobre o medo de fazer sexo e as principais causas

Desenrolla

Só de falar sobre sexo, a imaginação de algumas pessoas já se torna fértil. É seu caso? Por outro lado, existe quem sofra de genofobia, aversão a esse tipo de intimidade sexual. Pode parecer um tipo de fobia incomum, mas deve ser tratada com a mesma seriedade que as demais. 

Isso porque ela pode atrapalhar as relações afetivas. Imagine perder alguém bacana que conheceu por não saber lidar com esse tipo de fobia, sua ou da outra pessoa. Também é preciso ser levado em conta o fato de que esse problema pode ter causas delicadas que precisam de investigação, como abuso sexual.

Percebeu que a genofobia merece a sua atenção, principalmente se você já sentiu ou conhece alguém que tem aversão ao sexo? Continue a leitura e saiba mais sobre a definição dessa fobia, seus principais sintomas, causas e tratamento.

O que é genofobia?

Também nomeada de erotofobia, consiste no medo de sexo. Quer dizer, existem pessoas com pavor de avião, altura, solidão, morrer, lugares fechados e muito mais. E há aquelas que sentem pânico ao pensar, falar ou até mesmo ao tentar ter alguma relação sexual. 

Inicialmente, pode parecer estranho para muitas pessoas pensar nessa fobia. Afinal, o sexo é feito para ser uma atividade prazerosa e que eleva a conexão emocional entre os parceiros envolvidos.

Ainda assim, ele costuma ser cercado de pressões. No caso dos homens, normalmente, elas são relacionadas ao desempenho sexual. Nas mulheres, ao medo de engravidar, não ser mais virgem ou se tornar mal vista.

Sim, no século XXI, as pessoas ainda costumam fazer esse tipo de comentário sobre os outros. Ao olhar esses aspectos, fica mais fácil entender do que se trata a genofobia, certo? 

Além disso, para maior compreensão, é válido conhecer outras fobias e termos relacionadas ao medo do sexo, como:

  • misoginia – classificado como o ódio às mulheres e ao comportamento delas, como liberdade sexual;

  • androfobia – trata-se da aversão aos homens, o que pode causar medo de ter relações sexuais com eles;

  • nosofobia – medo de contrair ISTs;

  • tocofobia – aversão à ideia de engravidar ou de passar pelo parto;

  • gimofobia – medo de ser vista e/ou de ver outra pessoa nua.

Quais são os sintomas da genofobia?

Após a leitura do último tópico, é possível que você tenha se identificado em maior ou menor grau com as informações. Afinal, principalmente (mas não exclusivamente) para quem teve uma criação religiosa e conservadora, o sexo costuma ser tratado com muito tabu e culpa. 

Logo, é comum que as pessoas já tenham sentido algum incômodo ao pensar em sexo ou mesmo ao praticá-lo. Contudo, é preciso de mais sinais para que esse desconforto seja considerado genofobia, que exige tratamentos específicos.

Então, acompanhe a seguir os principais sintomas desse tipo de fobia, que podem ocorrer ao se pensar ou se fazer sexo:

  • respiração rápida e superficial;

  • apresentar crise de pânico;

  • suor excessivo;

  • sensação de asfixia;

  • ressecamento da boca;

  • ataque se ansiedade;

  • evitar relações sexuais excessivamente.

Quais são as causas?

Como visto, a genofobia pode ter causas delicadas demais para serem ignoradas. Afinal, o sexo é para ser uma atividade prazerosa e saudável, que também promove a maior conexão entre pessoas. Então, é importante ficar de olho nas razões por trás dessa fobia, para evitar que ela traga dificuldades para o indivíduo. Portanto, conheça as causas mais comuns a seguir!

Experiências ruins e traumáticas

Nem todo mundo teve experiências positivas nas relações sexuais. Algumas mulheres, principalmente, sofreram abuso em algum momento da vida. Logo, é comum que a lembrança crie um bloqueio para esse tipo de atividade.

Outras vezes, o abuso sofrido pode ter sido apagado da mente como um mecanismo de defesa. Ainda assim, o corpo cria uma resistência ao falar ou ter relações sexuais, embora o surgimento da genofobia não seja uma regra entre quem passou por esses traumas.

Medo do desempenho sexual

Como dito, a pressão que a sociedade coloca no desempenho sexual, especialmente dos homens, também pode levar à genofobia. Assim, o medo de não ser ‘’bom de cama’’ e passar por situações constrangedoras pode criar um bloqueio e levar as pessoas a evitarem intimidades. 

Vergonha do corpo

Outro tipo de pressão que as pessoas costumam sofrer é a estética. Diante disso, é possível ter vergonha do corpo, que pode ou não se encaixar nos padrões de beleza, a ponto de evitar excessivamente a intimidade sexual. 

Vaginismo

Alguns quadros de saúde nas mulheres contribuem para que o sexo possa ser desconfortável, se não forem tratados. Um deles é o vaginismo, que involuntariamente fecha os músculos da vagina durante a penetração vaginal. Então, algumas mulheres podem desenvolver aversão à relação sexual.

Disfunção erétil 

Da mesma forma que as mulheres podem apresentar alguma condição que dificulta o sexo, os homens podem passar pelo mesmo. É o caso dos que sofrem de disfunção erétil e têm dificuldade em ter ou segurar a ereção

Existe uma série de fatores que levam a isso, como idade, uso de medicamentos, entre outros. Seja como for e mesmo com a possibilidade de tratamento, muitos homens podem desenvolver genofobia depois de passarem por isso.

Como é feito o tratamento da genofobia?

Percebeu como a genofobia pode atrapalhar as suas relações? Então, é hora de procurar tratamento! Para isso, primeiro é preciso entender a causa dessa fobia, para que o caminho correto seja indicado em busca da superação dessa condição.

Por exemplo, se a origem da genofobia for o vaginismo, o tratamento envolve psicoterapia, técnicas de respiração e relaxamento e inserção de dilatadores vaginais.

O mais importante é não deixar de buscar os cuidados médicos e psicológicos, não só porque a genofobia pode atrapalhar as relações íntimas e amorosas, mas também porque pode levar a quadros de isolamento e depressão. 

E aí, conseguiu tirar suas principais dúvidas sobre genofobia e como buscar tratamento adequado? É fundamental contar com um psicólogo para ajudar a superar esse problema.

Que tal aproveitar a visita para saber mais sobre sexo, saúde e comportamento? Acompanhe a nossa plataforma de educação sexual e fique por dentro!

Explore mais conteúdos

Os últimos conteúdos que podem te interessar

Desenrolla