Exames de IST: quais devem ser feitos e qual a periodicidade?
Muita gente não sabe como começar a fazer seus exames de IST e qual a periodicidade recomendada. Leia nosso post e saiba como se prevenir!
A varíola do macaco pode ter mais incidência em relações sexuais homossexuais? Confira nosso post e saiba mais!
Nos portais jornalísticos, redes sociais, televisão, tem-se encontrado cada vez mais notícias sobre a varíola do macaco ou monkeypox. Afinal, por que é preciso ligar o alerta para essa doença? E como ela se associa às relações sexuais?
Primeiro, saiba que o número de casos cresceu 61% no Brasil na primeira semana de agosto de 2022. Assim, o país se tornou o sexto do mundo com maior ocorrência.
A doença não é nova — ela foi identificada em 1958 em colônias de macaco, justificando a nomeação. Porém, foi apenas em maio de 2022 que ocorreu um surto humano internacional, conforme declarado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
A mesma instituição aconselhou, em julho de 2022, a redução no número de parceiros de homens que fazem sexo com homens. Segundo o diretor da OMS, a recomendação visa atenuar a exposição ao vírus.
Você se pergunta por que as relações heterossexuais ou até entre duas mulheres não receberam a mesma instrução? Continue a leitura e encontre a resposta para essa e outras dúvidas sobre o assunto.
Primeiramente, é importante ficar por dentro da definição do termo, originalmente chamado monkeypox em inglês. A varíola do macaco é uma infecção ocasionada por vírus, da mesma maneira que existe o coronavírus, zika, ebola, entre outros.
Cada vírus tem as suas particularidades, e o vírus monkeypox tem como principais hospedeiros os roedores, principalmente em regiões com floresta tropical, embora os casos também tenham se espalhado para áreas urbanas. Esses animais podem transmitir a doença para seres humanos.
Além disso, saiba que o vírus responsável pela varíola do macaco pertence à mesma família do vírus da varíola humana. Felizmente, esta foi erradicada nos anos 1980, graças ao sucesso no programa de vacinação.
Por causa da imunização, pessoas entre 40 e 50 anos, vacinadas contra a varíola no passado, mostram-se mais protegidas contra o monkeypox.
Entretanto, a capacidade de produção de vacina especificamente para a varíola do macaco ainda é muito baixa. Esse é o principal motivo para que a doença tenha tido um aumento no número de casos a ponto de gerar preocupação.
Ainda assim, é preciso deixar claro que a taxa de letalidade da varíola do macaco é de 3% a 6%1, muito menor que a da varíola humana. Esta chegava a 30%, conforme dados da OMS.
No entanto, o monkeypox se mostra mais letal que outras doenças virais circulantes, como a Covid-19. A letalidade do novo coronavírus varia muito de região para região mas, no Mato Grosso do Sul, por exemplo, ela fica em cerca de 2%, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES).
Como visto, apesar da menor taxa de letalidade, a varíola do macaco exige preocupação. Isso porque ela pode refletir em infecções graves, principalmente para crianças e imunossuprimidos1. Então, conter a doença é essencial.
Um dos métodos para alcançar isso é aprender a identificar os sintomas2. Acompanhe os principais!
A infecção pelo monkeypox costuma trazer bolhas e feridas muito características. Elas surgem a partir de coceiras doloridas, mas a tendência é que sumam em poucas semanas e só resultem em um quadro leve. As lesões tendem a se concentrar nos pés, mãos e rosto, mas também podem aparecer em lugares de mais difícil identificação, como boca, garganta e região genital.1
A febre é outro sintoma associado à varíola do macaco, que costuma surgir após os 5 primeiros dias de invasão pelo vírus. O Ministério da Saúde a descreve como súbita, forte e intensa. Especialmente se ela for acompanhada de dor de cabeça, é importante fazer o exame para confirmar ou descartar a doença.
Junto com os sintomas já mencionados, a varíola do macaco também pode levar ao surgimento de calafrios. Eles costumam aparecer logo no início da invasão. Posteriormente, outros sinais tendem a surgir, como as lesões de pele.
Conforme mencionado, o Brasil é um dos países de maior destaque mundial devido ao número de diagnósticos do monkeypox. Porém, é o continente europeu que registra o maior índice de transmissão, pelo menos até o primeiro semestre de 2022.
Segundo o levantamento efetuado pela CNN, até o período citado, existem 44 países com casos da doença confirmados. Entre eles, Dinamarca, Chile, Israel, Portugal, Reino Unido, Alemanha, Eslovênia, Canadá, Suíça, Noruega, Estados Unidos, Sérvia, Líbano, México, Venezuela.
É importante entender quais as principais formas de transmissão da doença2. Ela ocorre pelo contato de humanos com secreções respiratórias, fluidos corporais, mucosas ou lesões na pele de pessoas infectadas.
Além disso, o contato com objetos contaminados, como toalhas, roupas, utensílios domésticos etc., ou até com animais contaminados, também pode causar doença.
O diretor da OMS, Tedros Adhanom, afirmou, em pronunciamento, que é importante homens que fazem sexo com outros homens reconsiderarem relações sexuais com novos parceiros no momento.
Essa declaração foi feita, porque muitos casos de varíola de macaco foram identificados em homens que se relacionaram sexualmente com outros homens.
Apesar disso, a varíola do macaco não é considerada uma doença sexualmente transmissível (IST) até o momento, por ter diversas outras vias de disseminação. Ela também não é específica do público LGBTQIAN+.
Isso significa que não é necessário ter contato sexual para contrair o vírus e pessoas de qualquer orientação sexual podem ser infectas. Ainda assim, a exposição prolongada durante o sexo facilita as chances de contaminação, como afirma a OMS.
A principal explicação para o maior índice de homossexuais diagnosticados com o monkeypox pode ser a proatividade deles em buscar os serviços de saúde. Isso porque esse grupo costuma ter um maior monitoramento de ISTs.
Por isso, a atenção precisa ser de todos, e as medidas de prevenção também.
A medida de prevenção mais importante é aderir às vacinas. As desenvolvidas para a varíola humana foram paradas nos anos 1980, devido à erradicação da doença. Contudo, existem versões mais recentes e específicas para a monkeypox. No Brasil, a previsão de chegada delas é o final de agosto de 2022.
Além da vacinação, é possível prevenir o contágio ao manter vigilância nos sintomas, isolar-se, caso haja suspeita e, se necessário, procurar ajuda médica.
Também é importante limitar o contato próximo com pessoas suspeitas ou confirmadas de ter a doença1. Recomenda-se, ainda, usar máscara e redobrar os cuidados com higienização.
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Referências
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