Exames de IST: quais devem ser feitos e qual a periodicidade?
Muita gente não sabe como começar a fazer seus exames de IST e qual a periodicidade recomendada. Leia nosso post e saiba como se prevenir!
Elas são temidas, assustam e levantam um sem-número de dúvidas: IST (Infecções Sexualmente Transmissíveis), porém, ainda são uma realidade em todas as faixas etárias e gêneros do mundo – e são o tipo de assunto que nunca é demais falar sobre, até porque muita gente não sabe o que é IST.
Neste artigo você vai aprender um pouco mais sobre as ISTs. Mas lembre-se de sempre (sempre mesmo!) procurar um médico caso tenha alguma suspeita. É o médico o profissional capacitado para fazer o diagnóstico e orientar sobre o tratamento adequado.
IST são Infecções Sexualmente Transmissíveis causadas por bactérias, vírus e outros tipos de microrganismos. Elas são transmitidas, em sua grande maioria, por conta do contato sexual – seja ele o sexo com penetração vaginal, anal ou o sexo oral – sem o uso de preservativo e com uma pessoa já infectada.
Para além desse tipo de transmissão, as IST também podem ser transmitidas de mãe para filho ou filha, durante a gestação, amamentação ou até mesmo no parto. Isso porque, apesar de o nome ser Infecções Sexualmente Transmissíveis, elas também podem ser transmitidas, por exemplo, pelo sangue ou compartilhamento de seringas.
Muitas pessoas não entendem qual é a diferença entre DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis) e IST (Infecções Sexualmente Transmissíveis). O segredo está na interpretação da nomenclatura: a palavra “doença” pressupõe uma enfermidade que vem acompanhada da ideia de sintomas e sinais visíveis no corpo. IST é a nova nomenclatura porque destaca a possibilidade de uma pessoa ter e transmitir uma infecção, mesmo sem apresentar sinais e sintomas. O termo IST é reconhecido e recomendado pela OMS – a Organização Mundial da Saúde.
IST podem se manifestar de diversas maneiras: desde corrimentos, verrugas, feridas e lesões na pele (acontecimentos visíveis a olho nu) até mesmo sintomas impossíveis de se enxergar, como dor pélvica e ardência ao urinar.
É importante se atentar a esses sintomas, e buscar atendimento médico quando algum deles surgir. Mas também é preciso ter calma: corrimentos vaginais, por exemplo, são um acontecimento relativamente normal ligado ao corpo da mulher – o que significa que um corrimento pode ser apenas um corrimento.
Mas se liga: certas IST podem não apresentar sinais nem sintomas, e a falta do diagnóstico pode levar a graves complicações. Por isso, é extremamente importante usar camisinha em todas as suas relações sexuais – principalmente com parceiros e parceiras que não são fixos – e realizar exames médicos periodicamente.
Algumas IST podem não apresentar sinais e sintomas, e se não forem diagnosticadas e tratadas, podem levar a graves complicações, como infertilidade, câncer ou até morte. Por isso, é importante fazer exames laboratoriais para verificar se houve contato com alguma pessoa que tenha IST, após ter relação sexual desprotegida – sem camisinha masculina ou feminina.
A IST mais comum no mundo é a clamídia – que pode ou não apresentar sintomas. Quando apresentam, geralmente são:
Para mulheres: Dor abdominal, queimação ao urinar, corrimento vaginal amarelo e espesso, e perda de sangue entre períodos menstruais.
Para homens: Dor e inchaço nos testículos, inflamação no ânus e coceiras na abertura do pênis.
Outras IST relativamente comuns são:
Gonorreia
Sífilis;
Herpes Genital;
Hepatite B;
Citomegalovírus;
Tricomoníase;
HIV.
A OMS estimou 374 milhões de novos casos de clamídia, gonorreia, sífilis e tricomoníase em pessoas de 15 a 49 anos em 2020.
Antes de tudo, é bom a gente sempre ter em mente que não existe método contraceptivo 100% seguro. Dito isso, saiba que a forma mais eficaz de prevenir IST tem nome, cara, função e é acessível: seu nome é camisinha e você com certeza já ouviu falar (e, nós torcemos, usa frequentemente!). Mas que tal aprendermos um pouco mais a fundo sobre esse e outros métodos para lidar com IST, como PrEP e PEP?
As camisinhas fazem muito mais do que apenas evitar uma gravidez indesejada. Os preservativos, sejam eles masculinos ou femininos, protegem contra a maior parte das IST. Independente do modelo, de suas tecnicalidades, do material, tamanho, sabor ou textura, as camisinhas são suas principais aliadas para ficar distante das IST. Porém, vale lembrar: IST não se aplicam apenas ao sexo vaginal ou anal, podem também ser transmitidas através do sexo oral, no parto, uso de seringas compartilhadas e até mesmo num beijo.
Vai depender de qual IST uma pessoa contraiu – e tudo começa, como você já sabe, no diagnóstico. Uma vez que a IST é detectada, seu médico ou médica irá prescrever o tratamento adequado – e a notícia boa é que todas as Infecções Sexualmente Transmissíveis já contam com algum tipo de tratamento que consegue lidar muito bem com os sintomas e suas implicações.
Se você estava achando que ia encontrar todo o tratamento aqui… Achou errado! Estamos aqui para te ensinar tudo o que você precisa saber sobre sexo feito com segurança, cuidado e prazer. Mas qualquer tipo de tratamento precisa de prescrição e acompanhamento médico. E se você tiver alergia a um certo medicamento, por exemplo? E se o remédio conflitar com outra coisa que você precisa tomar? Informe-se, é claro (e é por isso que estamos aqui!), mas prefira sempre seu doutor ou doutora em vez do Dr. Google.
Muitas delas têm cura, sim! É o caso da clamídia, da gonorreia, e da tricomoníase – que, com o tratamento adequado, desaparecem com o uso de remédios. Outras IST, porém, têm caminhos mais complexos. Conheça alguns exemplos:
HPV: seu tratamento elimina sintomas e pode até evitar o surgimento de um câncer relacionado à infecção, mas ainda não é possível eliminá-la com esses tratamentos, sendo necessário ter atenção ao seu possível ressurgimento. A única forma de extirpar o HPV é por meio da atuação do sistema imune, que eventualmente pode conseguir eliminar o vírus – mas isso pode levar alguns anos.
Herpes Genital: seu tratamento é feito com um remédio antiviral específico para a IST, mas ela também não é totalmente eliminada do corpo. Esse é um tipo extremamente comum de IST, e pode se estimar que ela está presente em 50% da população. Sua manifestação, porém, pode demorar muito para surgir – e algumas vezes os sintomas não são visivelmente aparentes. Sendo assim, essa é mais uma razão para você se prevenir – e manter seus exames médicos em dia.
HIV: o HIV, vírus causador da AIDS, é talvez a IST que mais gera curiosidade nas pessoas, devido a toda a polêmica que a infecção causou nas décadas de 1980 e 1990. Hoje, com todo o avanço da medicina, já há tratamentos capazes de fazer com que uma pessoa portadora de HIV tenha uma vida normal, já que esses medicamentos são capazes de eliminar a carga viral no sangue e até mesmo reduzir a taxa de transmissão a zero.
Esses avanços da ciência têm sido a maior arma contra as IST – e vale, aqui, uma menção importante à PrEP – profilaxia pré-exposição. PrEP é o uso preventivo de medicamentos antirretrovirais para reduzir o risco da contração do HIV em casos de exposição ao vírus. É totalmente contraindicado, porém, que o tratamento seja utilizado como substituto da camisinha – já que, além de não funcionar como método contraceptivo, ele não protege contra outras IST.
Já a PEP – profilaxia pós-exposição de risco – deve ser buscada após um contato de risco no qual existe a possibilidade da contração de uma IST. Existem tratamentos específicos para HIV, hepatite B e outras IST – e, assim como a PrEP, a PEP também está disponível no SUS.
Agora que você já sabe mais sobre IST, tem ainda menos motivo para vacilar e transar sem camisinha, hein? Até porque o sexo não tem espaço para neuras, paranoias e preocupações – ele precisa ser uma experiência divertida, leve e prazerosa.
E como aqui o assunto é muito sério, vale botar aí um lembrete mental em caixa alta: sempre que tiver alguma dúvida ou suspeita de IST, procure um médico!
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