Exames de IST: quais devem ser feitos e qual a periodicidade?

Muita gente não sabe como começar a fazer seus exames de IST e qual a periodicidade recomendada. Leia nosso post e saiba como se prevenir!

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Cada vez mais as pessoas conquistam a liberdade de se relacionar de forma livre. Entretanto, é recomendável fazer isso de forma consciente, cuidando da saúde, com uso de métodos para evitar Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e realização de exames periódicos.

O problema é que muita gente não sabe por onde começar a fazer seus exames de IST e qual a periodicidade recomendada. O ideal é que você procure um médico especialista para prestar as devidas orientações.

A título de informação, criamos este conteúdo com algumas dicas valiosas sobre o assunto. Continue conosco e confira!

O que são IST?

Durante muito tempo nos referimos a algumas condições, a exemplo de HIV, HPV e sífilis, como Doenças Sexualmente Transmissíveis – DST. Isso porque sua transmissão, como o próprio nome sugere, se dá por meio do ato sexual.

Ocorre que essa nomenclatura foi alterada pelo Ministério da Saúde¹ em 2016 e, hoje, o correto é referir-se a elas como IST – Infecções Sexualmente Transmissíveis.

Segundo o Ministério da Saúde, a mudança se deu pelo fato de a palavra “doença” sugerir um adoecimento do indivíduo, ou seja, a manifestação dos sintomas.

Contudo, muitas vezes, isso não acontece, já que a pessoa pode estar infectada sem ter nenhum sinal visível da contaminação. Isso significa que é possível transmitir a infecção, mas não manifestá-la.

As ISTs podem variar desde problemas mais fáceis de resolver até outros mais complexos, como o HIV, que pode vir a causar AIDS, e a sífilis, que pode até causar problemas ao feto. O HPV, é importante observar, é um dos principais causadores de câncer de colo de útero.

Como prevenir as IST?

Quando o assunto são as infecções sexualmente transmissíveis, a prevenção é o melhor caminho, e a melhor maneira de evitar a contaminação é por meio do uso de preservativos.

Além de prevenirem a gravidez, as camisinhas têm a função de prevenir infecções que podem ser transmitidas na relação sexual. Vale destacar, ainda, que a proteção deve ser usada também durante as práticas orais e anais.

Antes de começar uma relação mais íntima, é interessante que ambos façam exames de IST. Atualmente, vale ressaltar que existem também vacinas contra o HPV e a hepatite B.

Quais são os principais tipos de IST?

Dentre as infecções mais comuns², estão herpes genital, HPV, gonorreia, sífilis, tricomoníase e doença inflamatória pélvica (DIP).

Como você deve saber, algumas ISTs podem ser menos graves, enquanto outras geram complicações severas. Nem todas podem ser curadas. E, nas formas mais graves, algumas podem levar até mesmo à morte.

Embora todas as ISTs sejam transmitidas por meio de atividades sexuais, algumas podem ser propagadas também por outras vias.

A hepatite e o HIV, por exemplo, podem ser transmitidos por meio de compartilhamento de agulhas ou durante a gestação. Já a sífilis pode ser transmitida pelo beijo, e o chato, pelo uso de toalhas e roupas de cama que estejam infectadas.

Quais são os exames de IST mais comuns?

Os exames de ISTs podem ser realizados anualmente, tanto por homens quanto por mulheres. Além disso, o médico pode prescrevê-los quando houver algum sinal de infecção ou quando ocorrem circunstâncias que possam gerar riscos, como ferimentos com objetos perfurocortantes e relações sexuais com parceiro que possa estar contaminado.

Geralmente o profissional vai pedir um exame de sangue onde deverão constar os seguintes exames:

  • Anti-HIV – AIDS;

  • VDRL – Sífilis;

  • HBsAg e anti-HBs – Hepatite B.

Também é comum que os ginecologistas peçam o exame de HPV junto com o preventivo. No caso da presença de sintomas, como coceiras, inchaço, secreções, lesões e vermelhidão nas genitálias, o profissional da saúde poderá pedir exames específicos e realizar o diagnóstico clínico.

De quanto em quanto tempo exames de IST devem ser feitos?

Depois de passar por uma situação de risco, é comum que as pessoas fiquem ansiosas para descobrir sobre uma eventual infecção. Contudo, fazer exames antes da hora pode criar um falso diagnóstico e atrapalhar a detecção da doença.

Há muitas dúvidas sobre quando repetir os exames e em que situações eles são recomendados. Portanto, confira algumas dicas que separamos para ajudar na buscar a orientação correta.

De uma maneira geral, o ideal é que você espere por pelo menos 48 horas depois da situação de risco para fazer os exames³ de IST. E depois disso, é necessário repeti-los alguns meses depois. Entenda!

HIV/AIDS

Os exames de HIV devem ser realizados a partir de 3 semanas depois da relação ou situação que possa gerar risco. Depois disso o ideal é repetir o exame de IST após 3 meses.

Se você tem múltiplos parceiros, deve realizar o teste com regularidade. A realização dos exames se mostra obrigatória para profissionais da saúde que sofreram acidentes com objetos perfurocortantes, especialmente em ambiente hospitalar.

Sífilis

Existem muitas maneiras de realizar o diagnóstico de sífilis. A principal delas é por meio de exame de sangue que vai analisar a presença de anticorpos. Sua realização é indicada quando for percebida lesão suspeita nas mucosas ou aproximadamente depois de 3 semanas da situação que gerou a possível contaminação.

Clamídia e Gonorreia

A clamídia é uma infecção que geralmente não apresenta sintomas visíveis. Por isso, é conveniente fazer o exame regularmente, durante seus check-ups habituais ou a cada 6 meses, dependendo da intensidade da sua vida sexual. Se existir alguma suspeita de contágio, o exame já acusa a doença depois de 7 a 10 dias.

Já a gonorreia costuma ter sintomas mais evidentes e pode ser detectada entre 5 e 15 dias depois do contágio.

Hepatite B

Embora exista vacina para a hepatite B, ainda é uma doença recorrente. O diagnóstico é feito através de exame de sangue e é obrigatório antes de realizar doações. Após o contágio, caso não apareçam sintomas, ela pode ser identificada entre 30 e 90 dias.

Os exames de IST são essenciais para o tratamento precoce das infecções sexualmente transmissíveis. Assim, não deixe de visitar o médico, caso perceba algum sintoma ou tenha passado por alguma situação que possa ter resultado na contaminação.

Acha que essa leitura vai ajudar você? Então, descubra também se sexo pode causar infecção urinária.

Referências

¹ Ministério da Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.

² Prefeitura de Belo Horizonte

³ OMS − ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Diagnóstico laboratorial de doenças sexualmente transmissíveis, incluindo o vírus da imunodeficiência humana. 2013.

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