Por que sentimos vontade de transar?

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Você pode estar só. No trabalho. Entre amigos. Em uma festa. No banho. Prestes a ir dormir. Mas, invariavelmente, acontece: bate aquela vontade e, de repente, tudo o que você consegue pensar é sexo. A pessoa na outra mesa parece mais atraente, você sente seu corpo esquentar e só consegue querer aquilo. Mas, cá entre nós: por que sentimos vontade de transar?

Existem muitas respostas para essa pergunta – desde questões hormonais e de libido até mesmo estímulos externos e construções culturais e de sociedade. E é por isso que estamos aqui: para te ajudar a entender os pormenores do seu (e do nosso!) tesão e, logo, para ter uma vida sexual cada vez mais feliz e saudável. Vamos lá?

De onde vem o nosso desejo sexual?

De uma forma simples, tudo tem a ver com o cérebro. E olha que a ciência demorou para descobrir isso: por muito tempo, eram os órgãos genitais os grandes focos dos estudos por trás da sexualidade. Mas é exatamente o cérebro que nos diferencia dos animais, que agem quase que completamente por instintos, enquanto o “bicho homem” pondera, analisa e entende as situações – mas sem deixar o tesão de lado, claro.

Em resumo, tudo acontece graças aos nossos neurotransmissores, que vão levando mensagens entre neurônios para fazer a mágica acontecer. Mas não há varinha (a varinha de mágico, gente!) que dê conta disso tudo sem uma galera muito importante: os hormônios.

A influência dos hormônios

Sem hormônios, sem tesão. E é por isso que começamos a sentir esse quentinho a partir da adolescência, quando testículos e ovários passam a produzir os hormônios sexuais – que irão cair no sangue de jovens, nessa época da vida, mesmo sem estímulos externos. É por isso que, quando o tempo passa e a mulher entra na menopausa e o homem na andropausa, o tesão cai: esses hormônios passam a ser produzidos em menor quantidade.

O papel da libido

Em tecniquês, libido nada mais é do que o desejo sexual que surge em homens e mulheres, representado no aumento de fantasias e vontades relacionadas a sexo. No fim das contas, porém, ela pode surgir com entendimentos subjetivos, já que cada pessoa pode experienciar e experimentar o desejo sexual de uma maneira única. Mas pense da seguinte maneira: quando seu cérebro está fazendo todo o processo de troca entre neurotransmissores direitinho e seus hormônios sexuais estão sendo produzidos na normalidade, a libido é a última etapa de um longo processo que, com sorte, resulta em um orgasmo – sozinho ou acompanhado.

Os estímulos externos

Músicas, filmes, séries, conversas entre amigos e todo o senso comum da cultura popular: é muito fácil enxergar sexo para onde quer que você olhe, especialmente se for isso que você estiver procurando. Na publicidade, na novela, nas redes sociais – os estímulos existem, algumas vezes até de formas exageradas, e é importante entender quando eles estão servindo de apoio e quando podem ser prejudiciais – vendendo uma ideia de sexo como performance, por exemplo, ou de corpos perfeitos.

O nosso estado de espírito

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Não adianta ficarmos apenas no aspecto da ciência: se você não estiver bem consigo próprio, seu corpo pode sofrer as consequências e sua libido pode diminuir consideravelmente. No fim das contas, o sexo existe como parte da vida, não o todo – e pode ser afetado pelas outras áreas da sua existência.

Quando a vontade de transar é pouca

Se você acha que tem sentido uma vontade significativamente menor de transar do que já experimentou em outras fases da vida, vale a pena questionar se é apenas um momento passageiro – já que pode estar tendo outras prioridades no seu dia a dia – ou se é reflexo de algo maior, como ansiedade ou depressão. O sexo é natural, faz bem à saúde e é uma parte importante da vida. Mas, como você verá a seguir, não pode ser a única.

Quando a vontade de transar é muita

Da mesma maneira que a ausência da libido é sinal de alerta, o excesso também. Muitas vezes o sexo pode se transformar em uma válvula de escape para fugir dos problemas e do estresse, e acabar caindo em um ciclo vicioso de compulsão. Claro que momentos de maior libido são normais, e é aqui que entra o bom-senso: é só colocar a mão na consciência e diferenciar a safadeza da obsessão.

No fim das contas, autoconhecimento é a palavra chave – e, se tudo estiver certo com a sua rotina, a sua saúde mental e física, viva a vida, goze e relaxe!

FAQ

É normal querer transar todo dia?

Não existe nenhum problema em querer transar todo dia – especialmente se você for jovem. O importante, como você leu há pouco, é saber discernir se essa vontade é natural ou se ela está disfarçando alguma questão que você precisa lidar, mas tem tentado fugir.

Como controlar a vontade de transar?

Desde que exista um parceiro e haja consentimento, você não precisa controlar a vontade de fazer sexo – a libido não é um bicho que precisa ser domado. E, se não tiver companhia, basta recorrer à (deliciosa!) masturbação.

O homem tem mais desejo sexual?

O desejo sexual varia muito de pessoa para pessoa – e não existe nenhuma comprovação científica que aponte homens como detentores de uma maior libido do que mulheres. A maior parte desses argumentos vêm de construções sociais, nas quais os homens precisam sempre pensar em sexo, buscar parceiras e relações. No fim das contas, tudo tem a ver com os indivíduos – e não o gênero com os quais eles se identificam.

Quantas vezes um casal faz sexo por semana

Qual casal? Em que fase do relacionamento eles se encontram? Estão felizes ou frustrados? Não existe um número perfeito que represente a felicidade do casal – e ainda que um estudo tenha apontado como possível fórmula do sucesso a prática uma vez por semana, você não é nenhuma aberração se faz parte de um casal e vocês passam algum tempo sem transar – ou t períodos que parecem coelhos. É só parte da vida.

Qual o nosso maior período de vontade de transar?

Ainda que adolescentes tenham uma maior produção hormonal relacionada a sexo, não é possível cravar que esse é o maior período de desejo da vida – até porque pessoas diferentes passam por situações e fases diferentes da existência. O importante é estar em paz com o seu desejo – e sempre buscar maneiras de entender e descobrir o seu prazer e tesão!

Fonte:Dra. Júlia Walter de Freitas BarbozaCRM 182.638

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